eu ouvi o “RENAISSANCE”, da Beyoncé, e…

Marina Teixeira
3 min readAug 9, 2022

sei que serei muito criticada

Uma das coisas que a maturidade traz para você é o fato de você aproveitar o quanto algo é muito bom, mas você não precisa gostar disso.

Esta é minha impressão com o “RENAISSANCE”, da Beyoncé, sétimo álbum da artista, carregado pelo lead single “Break My Soul”, que nesta semana chegou ao topo da Billboard Hot 100.

É uma Beyoncé mais leve, usando de seu poder e suas referências musicais para um álbum mais solto, e isso é bom! É um encontro de muitas influências musicais para um material extremamente divertido e bastante leonino para uma virginiana. Autoestima nas alturas, vontade de festejar, libertação e sexualidade afloradíssima, tudo embalado por dance, house, disco, rap e várias outras referências que fazem dessa experiência bem diversa — e talvez a mais diferentona dos álbuns mainstream que você vai ouvir em 2022.

É basicamente uma viagem que parte da disco dos anos 70, passando pela post-disco dos anos 80, chegando até a house nos anos 90 e tudo que envolve esse passeio musical no meio do caminho.

Gosto muito da forma como Beyoncé usa a voz, ela usa algumas escolhas de interpretação que me surpreenderam bastante, e gosto de ouvir uma vocalista brincando com seu melhor instrumento. As transições são ótimas (são coladinhas e me lembraram um tiquinho de Dawn FM do Abel), além da sensação o tempo todo que tive que esse era um álbum que Beyoncé precisava. Leve, para cima, divertido, atual sem seguir as tendências, a cara dela e tanto o que o público espera dela — produção apurada, vocal no ponto, vibe, trilha pra dançar… — quanto o que as pessoas NÃO esperam dela.

Mas não significa que seja meu álbum favorito dela, ou que eu vá ouvir MUITO. Talvez eu só ouça novamente por causa do Grammy.

Como assim, Marina? É que a forma como ela trabalha as sonoridades aqui não é exatamente o que eu curto. Break My Soul foi uma experiência bem meh pra mim porque house não é o gênero que eu gosto de ouvir. O resultado final segue rumos que eu definitivamente não sou a maior fã — as faixas dançantes não são o tipo de música uptempo que eu curto, então eu queria ter gostado, mas… — ao mesmo tempo, não nego que o RENAISSANCE é sensacional e merece todos os aplausos.

Resumo: o álbum é bom, mas não é pra mim. E tá tudo bem. A maioria das músicas não me faz querer repetir as faixas, sério! Eu tive audições completamente desinteressadas; acho que apenas Cuff It, America Has a Problem e Summer Renaissance, com seu sample/interpolação de I Feel Love da Donna Summer, são os meus no skips aqui.

Chances de Grammy? Todas. Pode ser um vencedor? Aí são outros 500.

E vocês, o que acharam do novo álbum da Queen Bey?

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Written by Marina Teixeira

writer, journalist and anxious overthinker

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